terça-feira, 9 de novembro de 2010

Que seja doce

Os dias passam pesados, como se eu carregasse uma cruz, onde estão pregados todos os meus erros, de um ano todo que se passou e eu nem vi, de horas que escorreram entre meus dedos como água, como se eu quisesse segurar, mesmo sabendo que não conseguiria.
E como eu queria segurar, pausar esse tempo que voa, pausa-lo em um dia perfeito, onde não havia essa previsão de um futuro negro tão próximo.
Só quero que esse pranto volte a ser riso em breve,tirar o cinza dos meus dias, que esse ano acabe e leve todos os fantasmas que me atormentaram nesses meses terríveis.
Que venham dias leves e lentos, onde eu possa sentir a presença de todos a minha volta, amar com mais intensidade, estar com os meus, aqueles que me fazem bem, e dias que eu saiba fazer desse drama a hora de recomeçar.


J.

3 comentários:

  1. Belíssimo... expressa com toda simplicidade a delicadeza sutil de uma mulher. O texto demonstra um sentimentalismo que está obscuro dentro de todos nós, mas que o cotidiano oprime. Parabéns, Jê, mastigo suas palavras.

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  2. a partir de 2011 repita sete vezes a frase-título =)

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  3. Asssine o reader, se já for me desculpe.

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