terça-feira, 22 de maio de 2012

Rascunho III


Ando correndo pra lugar nenhum. É que senti um pânico repentino das coisas que eu não posso controlar e que estão se tornando menos parte de mim. Tudo flutuando acima de mim e eu só olhando pros meus própriso pés. Ando sem palavras pra me preencher e um coração saturado de "mais ou menos". É preciso viver pra poder existir, constatando que o medo atrai os monstros medonhos e cheios de rancores guardados nas dobras do corpo e nas cores da alma. Sinto tanta falta de coisas que nunca tive, e é estranho acordar com um buraco negro dentro de mim. Tanto existencialismo me farta do mundo, não dá pra se acalmarem todos e por um só munito parar.Tenho medo de ser sempre assim, continuar tentando sem exito, respirando sem sentir, chorar por coisas que não me valhem nada. Há de existir a alma que entederá as palavras que escrevo, os sentimentos que guardo e o medo irracional que levo. Então não tem por que temer, estamos num caminho sem volta seguido de curvas fechadas. Sei que a culpa é minha. Sonhei demais de olhos fechados, não vi você passar.

D.

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