segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Pensamentos sortidos

Vivenciando a alegria de se desvencilhar.
É como saltar de um balanço no ponto mais alto do seu balançar.
Ah, é se libertar de paradigmas ortodoxos que dizem respeito apenas ao eu solitário - individuo correto de escrúpulo exemplar.
É como dizer adeus sem a dor da partida, e sorrir sem pretensão para o por do sol.
Não se queixar de ter que passar eternidades esperando por algo, e admirar a paisagem destruída daquela rua sombria e com odores duvidáveis.
Perder-se na rotina monótona de dias e dias que se arrastam, e depois ficar lembrando das tardes inertes e noites mal dormidas.
Saborear o café com rapidez e descaso e rir-se de lembranças enfadonhas.
É uma luta inconstante, um teor alcoólico elevado, reflexões finitas e irrelevantes, pardais cantando no engarrafamento. É sentir intensamente.
Desvencilhe-se desse drama cansativo. Tire esse peso do ar.
Saltinhos, pulinhos, beijos ardentes e sorrisos intrigantes. A arte de se desvencilhar.


D.

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