Falta-me algo, aquilo que não sei o nome, não sei a cor, não sei o gosto. Falta expelir esse grito preso na garganta, falta o vinho pra me libertar.
Falta braços, pernas, falta a paz, a guerra, o mundo, o ar.
Falta o fogo, o gás, o isqueiro. Falta a luz, a inspiração divina, a inspiração humana, a crença, o mito, o mínimo da verdade, o máximo da mentira.
A outra metade, aquele pedaço.
A decisão, o seu corpo no meu, seu cheiro, a sua verdade.
Sinto esse vazio, quero o sentimento puro, a busca pelo que disseram que existe nas pessoas, quero encontrar todo o sentimento magnífico, escondido em você, escondido em mim, quero que ele brote com toda a intensidade necessária do momento, embalado pelo tango mais quente, mais fervoroso existente.
Ter tudo e nada ao mesmo tempo não é satisfatório. Quero cheio, que transborde!
Que nome dão pra isso? Não nomeio coisas que nunca senti. Nunca vivi.
Quero a certeza. Isso me falta.
Falta você. Me envolva, me prove, me sinta, me veja! Estou aqui, pronta.
J.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLindo de mais!
ResponderExcluirDificil falar de algo que mal podemos compreender. mais dificil é conseguir exprimir em um só texto mais de uma interpretação desse algo...
Pensando bem de que mesmo eu estou falando?
Não consigo descrever aqui, foi algo que apenas pude sentir enquanto lia estaa palavras.
Apenas um comentário não seria o suficiente para o seu texto, então...
ResponderExcluirOde à Mente Veloz
Falta-me algo, aquilo que não proclama um nome,
que mais do que cor, é tom, é o gosto da fome.
Falta-me o coro, sem choro, desse tormento
que clama o amor do mal isento.
Falta o calor, que na face mostra o rubro desejo,
que instiga, suplica, se entrega sem medo.
Falta o oposto do que, posto a ser,
apenas é, sem ao menos saber.
Falta o empírico, quebrando as regras impostas,
que se prova sem esforço, fluindo, queimando.
Falta o nosso inevitável, o segredo fatal,
saciando o prazer carnal e brando.
Falta a intensidade que transcende o tempo,
que se atreve a superar qualquer limite.
Falta a paixão agressiva, ferrenha,
o amor cru, seu voraz apetite.
Falta-me o sabor, o seu, da pela, da alma,
gesto, som, contato, o doce e o amrgo.
Falta a clareza da lua emanada,
a fumaça na noite calada.
Falta suprir tua falta, dar-te a certeza,
sentir a proeza de mostrar-te o fulgor,
impor-te a síncope do meu tango,
e do meu vinho todo o torpor.
Que texto massa!
ResponderExcluirCara! Parabens para a dupla
Jeh! Estou super master orgulhoso de você!
Parabens!
De verdade
Lindo post!
Acompanhando e frequente por aqui, a partir de hoje!
Lindo texto, realmente fascinante...
ResponderExcluiradmiro pessoas com essa capacidade de se expressar, com certeza não é para qualquer um, já estou curtindo esse blog desde o seu nascimento...huahuahua..
=)
jah achou o que procruava em baco? ou talvez quem sabe em mim? senão acohou posso te ajudar a procurar amei otexto e vou postar uma poesia que eu escrevi no outro coment.. bjo e nhacs
ResponderExcluirEstava ali ele e a tela como a ser pincelada numa obra de arte, nos girassóis, nas paisagens de sua memória, fazia tempo que não sentava a frente da tela pra escrever, queria bordar oceanos, e risos de damas La no campo, a forte brisa noturna lembrava lhe nomes, e os anjos a suspirar em seu ouvido liras de primaveras distantes, em todos momentos te ouvindo. Sentindo, tateando, descobrindo e criando...
ResponderExcluirEra aquela vez daquela historia que so nos dois sabíamos, mas era Tb outra vez, era a historia fazendo mimese e deixando os pormenores, pra que fossem explicados em cartas mandadas ao céu. Era vc e era eu, entre veredas dos nossos próprios caminhos, por reinos encantados, e terras longincuas, era uma era se passando denovo. felipe da Luz, meu nick pro google e theo..heheheh
Amor? Pra quem? ( Felipe da Luz Prates)
ResponderExcluirSou criança, entro na sua dança.
Não posso chorar, mas lágrimas caem
Sem parar...
Sou carente, e não consigo carinho
Você tão linda, eu tão sozinho.
Um tiro cego no incerto.
Um buraco profundo,
Um vazio discreto,
Profeta calado.
Vivo, sonho, estou armado.
Com os punhos cerrados,
Os olhos fechados, tento fugir
Do beijo amargo, que pode matar.
Deixo o amor pros tolos.
A sabedoria pros loucos.
E a solidão pra poucos.
Deixo a vida perdida,
O sonho voar...
A mente, cair em contradição.
Deixo sua timidez me contagiar
Fico carente do seu olhar
Esqueço tudo, e volto a lhe beijar.
Rosas ( Felipe da Luz Prates)
Rosas, caem pelo chão,
Do jardim que eu plantei
Quando era uma criança.
E ainda vejo os botões
Surgirem, e as rosas,
Murcharem.
É sempre assim e sempre será,
As rosas caem sem parar,
Os ventos sopram e voltam
Ao mesmo lugar.
Pode a tristeza vir,
Mas alegria vai voltar,
E vai passar,
Mas volta de novo.
São redemoinhos
São rodas gigantes
São os vai e vens
Do meu coração
Os sonhos das poesias,
Os sonhos que eu tenho,
Meu mundo de sonhos.
Os sons dos meus sonhos,
Os sonhos de liberdade,
A liberdade dos sonhos.
Os limites ilimitados
Das gaiolas que lhe prendem
Que lhe empedem de sonhar.
Adoro o som da palavra sonhos.
Escrevo meus sonhos,
Meus sonhos me descrevem.
Falo as vezes as mesmas coisas
Que eu já tinha falado.
Você me entende,
Mesmo eu estando calado.
Eu sonho dormindo
E sonho acordado.
Sonho sorrindo
Estar ao seu lado.
Sonho fugindo
Do sonho parado.
Eu sonho sonhando com os sonhos,
Os sonhos das poesias dos sons.
Lirismo ( Felipe da Luz Prates )
Na noite os corpos se fundem
E a noite com seus vultos
Perde os contornos.
Onde cada corpo não é um corpo,
Cada corpo é um porto,
De lirismo, de outro corpo.